
Era véspera de natal e a família dela estava convidada para a ceia. Eu estava muito ansiosa para saber o que ela disse que me contaria. Ela afirmou que era algo importante. Eu estava nervosa. O que seria?
Meu nervosismo também era por causa da nossa casa, nossa comida, nossas coisas, nossas roupas, tinha medo dela não gostar de nada, ela era rica e chique, seus pais tinham posição e eram dá alta sociedade.
Era época das férias, por isso não havia hóspedes por lá. Os quartos estavam vazios, mas mesmo assim, de portas fechadas. Não queríamos recebê-los como república e sim como uma casa de família.
Cada minuto que se passava me deixava mais angustiada. Será que eles desistiram? Não. A campanhinha tocou , pronto, minha angustia acabaria. Foi o que pensei. Mas eu me enganei.
- Oi Rosana! Que bom que vieram. Sejam bem-vindos e sintam-se em casa. – Foi o que eu falei, já ensaiado antes.
Os cumprimentos foram formais e eu não conseguia tirar os olhos do tubinho preto da mãe da Rosana. Era lindo!
Eles trouxeram presentes pra todos, foi o pai da minha amiga que deu o presente de meu pai, uma gravata de linho italiano. Meu pai agradeceu e entregou um embrulho para o Sr. Pier, algo que não era nem chique, nem caro, mas era de coração.
Ele abriu e agradeceu pelo cinto (que provavelmente ele nunca usou e nem vai usar) que não era de couro legítimo, muito menos importado. Era só um pedaço de couro falsificado com uma fivela gigante na ponta.
A mãe da Rosana, Sra. Pier, deu á mamãe um faqueiro lindíssimo. De prata. Em uma caixa azul que eu tive de me segurar para não tirar as peças do faqueiro e pegar a caixa pra mim.
O sorriso de minha mãe era de ponta á ponta, nem sabia aonde enfiar a cara de vergonha. Ela não tinha condições de dar um presente tão caro. Mesmo com vergonha do que iria dar, ela entregou o presente da Sra. Pier.
O chalé que minha mãe deu á mãe da Rosana era muito bonito, mas não á altura dela. Ela agradeceu e se esforçou em sorrir. Logo, o Raimundo, irmão mais novo da Rosana, entregou um presente pra Kelly, era uma boneca linda, uma princesa com coroa que piscava um vestido perfeito, e ela rodava, ela era perfeita.
Não foi a Kelly que deu, mas o Raimundo ganhou um carro de controle remoto. Amarelo. Era daqueles carros que depois de umas três batidas, param de funcionar.
Foi então que chegou a vez da Rosana. Ela me deu esse diário (você querido diário, foi a Rosana que deu), onde pediu que eu escrevesse os principais acontecimentos. Ela me deu junto com uma caneta rosa, a qual, eu uso para tudo. E foi essa mesma caneta, que quase me fez tomar um zero na fórmula do Oswaldo, hoje mais cedo.
Quando ela me deu, eu quase tive um troço, era muito lindo! Ela queria que eu mandasse para ela, depois ela me devolveria, eu só ainda não sabia disso.
Meu nervosismo também era por causa da nossa casa, nossa comida, nossas coisas, nossas roupas, tinha medo dela não gostar de nada, ela era rica e chique, seus pais tinham posição e eram dá alta sociedade.
Era época das férias, por isso não havia hóspedes por lá. Os quartos estavam vazios, mas mesmo assim, de portas fechadas. Não queríamos recebê-los como república e sim como uma casa de família.
Cada minuto que se passava me deixava mais angustiada. Será que eles desistiram? Não. A campanhinha tocou , pronto, minha angustia acabaria. Foi o que pensei. Mas eu me enganei.
- Oi Rosana! Que bom que vieram. Sejam bem-vindos e sintam-se em casa. – Foi o que eu falei, já ensaiado antes.
Os cumprimentos foram formais e eu não conseguia tirar os olhos do tubinho preto da mãe da Rosana. Era lindo!
Eles trouxeram presentes pra todos, foi o pai da minha amiga que deu o presente de meu pai, uma gravata de linho italiano. Meu pai agradeceu e entregou um embrulho para o Sr. Pier, algo que não era nem chique, nem caro, mas era de coração.
Ele abriu e agradeceu pelo cinto (que provavelmente ele nunca usou e nem vai usar) que não era de couro legítimo, muito menos importado. Era só um pedaço de couro falsificado com uma fivela gigante na ponta.
A mãe da Rosana, Sra. Pier, deu á mamãe um faqueiro lindíssimo. De prata. Em uma caixa azul que eu tive de me segurar para não tirar as peças do faqueiro e pegar a caixa pra mim.
O sorriso de minha mãe era de ponta á ponta, nem sabia aonde enfiar a cara de vergonha. Ela não tinha condições de dar um presente tão caro. Mesmo com vergonha do que iria dar, ela entregou o presente da Sra. Pier.
O chalé que minha mãe deu á mãe da Rosana era muito bonito, mas não á altura dela. Ela agradeceu e se esforçou em sorrir. Logo, o Raimundo, irmão mais novo da Rosana, entregou um presente pra Kelly, era uma boneca linda, uma princesa com coroa que piscava um vestido perfeito, e ela rodava, ela era perfeita.
Não foi a Kelly que deu, mas o Raimundo ganhou um carro de controle remoto. Amarelo. Era daqueles carros que depois de umas três batidas, param de funcionar.
Foi então que chegou a vez da Rosana. Ela me deu esse diário (você querido diário, foi a Rosana que deu), onde pediu que eu escrevesse os principais acontecimentos. Ela me deu junto com uma caneta rosa, a qual, eu uso para tudo. E foi essa mesma caneta, que quase me fez tomar um zero na fórmula do Oswaldo, hoje mais cedo.
Quando ela me deu, eu quase tive um troço, era muito lindo! Ela queria que eu mandasse para ela, depois ela me devolveria, eu só ainda não sabia disso.
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